terça-feira, 11 de março de 2008

Dieta Científica - Nutrigenômica

A Nutrigenômica é a ação dos alimentos em função dos genes.

Porantando, está aí mais uma novidade no campo das dietas: a nutrigenômica, que se trata da elaboração de dietas alimentares personalizadas segundo a genética de cada um e capazes de prevenir até mesmo o câncer e outras doenças graves.

Na realidade, a nutrigenômica é a ciência que explica como os genes interagem com os nutrientes. Trata-se do estudo da forma pela qual o código genético de cada um afeta a necessidade de determinados nutrientes. Por isso, a nutrigenômica também é conhecida como a “dieta dos genes”, pois se provou que é possível saber qual é a alimentação mais adequada para cada um a partir do exame genético.

A nutrigenômica parte do princípio de que todo mundo tem um organismo diferente um do outro e que todas as características distinguem as pessoas – desde a cor dos cabelos e dos olhos até a estatura e a maneira como os órgãos trabalham - são definidas pelo grupo de genes de cada um. A partir desse fato, os cientistas comprovaram que a maneira com que os alimentos reagem em cada organismo também é definida pelos genes.

Dessa maneira, os pesquisadores afirmam que é possível elaborar uma essa dieta personalizada, de acordo com o grupo genético e do metabolismo de cada um. Segundo Wilson Rondó Jr., especialista em Medicina Preventiva Molecular e autor do livro “Emagreça e Apareça”, tudo começa com a descoberta de como alguns nutrientes atuam nas células e como as diversas comidas podem interagir com a composição genética individual para aumentar ou diminuir o risco de doenças como diabetes, obesidade, distúrbios do coração e alguns tipos de câncer.

Além disso, com a nutrigenômica também é possível entender por que alguns regimes funcionam muito bem para certas pessoas e não para outras.

O papel básico dessa ciência, então, é estudar as interações entre nutrientes e genes humanos. Na verdade, a prescrição das dietas funciona como a prescrição de remédios. Assim como os medicamentos, os nutrientes também agem de forma diferente de acordo com o perfil genético dos pacientes. É por isso que determinados medicamentos fazem efeito em uma parcela de pacientes e, em outras, podem causar sérios danos à saúde.

O estudo do DNA da pessoa, mais a análise do estilo de vida da pessoa (se ela é sedentária, se fuma, se mora em uma cidade poluída e etc), podem fazer com que uma dieta seja prescrita para uma determinada pessoa com o máximo da precisão possível.

Dieta do futuro
A alimentação nada mais é do que atribuir às células a carga de energia que elas precisam para trabalhar. Todavia, de acordo com o especialista Wilson Rondó Jr., autor do livro “Emagreça e Apareça”, o metabolismo de cada pessoa é único e isso faz com que o organismo de cada um absorva os nutrientes de maneira diferenciada. Isso acontece porque nossos genes respondem aos nutrientes que consumimos. Por exemplo, ao comer carne vermelha, uma pessoa pode se sentir cheia de energia para continuar suas atividades, já outras podem se sentir mais cansadas e sonolentas.

Além desse exemplo, diversas outras características podem determinar o tipo metabólico da pessoa, desde a cor das orelhas (sim, pode apostar), até mesmo se a pessoa dá ou não importância à comida.

Novidades
De acordo com pesquisas recentes, a lunasina, encontrada na soja, afeta 123 genes envolvidos no surgimento do câncer de próstata e ajuda a barrar o crescimento do tumor. O brócolis também entra na lista de alimentos milagrosos. Foi descoberto que ele estimula a ação de genes envolvidos na produção de antioxidantes, que mantêm as artérias saudáveis.

Especialistas de saúde já discutem a possibilidade de, em um futuro próximo, produzir alimentos que atuem sobre a predisposição a certas doenças como depressão, dislipidemias e obesidade.

Como tudo ainda está muito recente, antes de resolver entrar nessa onde é melhor consultar um especialista, que pode ser um endocrinologista.

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