quarta-feira, 19 de março de 2008

E por falar em meio ambiente...um pouco de "moda verde"


Não entendeu nada? Seguinte...

Com toda essa "consciência verde", a moda não poderia ter ficado de lado. Sabe qual é a última entre os fashionistas de plantão? Vestir respeito e consciência ambiental. Continua por fora? Então se liga...

Tendência lá fora, principalmente nos países da Europa, agora a moda e o meio ambiente caminham de mãos dadas -e muito felizes, por sinal- também na América Latina.

Cada vez mais o respeito pelo meio ambiente torna-se algo essencial para qualquer ser humano que se julga bom. E, mais do que na hora, antes mesmo de evitar o caos e um impacto ecológico de força maior - visto que a ação do homem até agora apenas acelerou o processo de destruição do meio ambiente - a moda resolveu agir para combater essa situação.

Na Itália, por exemplo, roupas feitas com fibras naturais e materiais reciclados ganham terreno na grife Giorgio Armani e ajudam a propagar essa tendência “ecofashion”.

A utilização de fibras e tintas naturais e a reciclagem de roupas e objetos usados constituem, portanto, a base da moda ecológica, que agora tem como hit a confecção de roupas orgânicas, ou seja, aquelas que não levam tecidos em cuja produção são usados produtos químicos, nem fertilizantes, nem pesticidas.

Apesar de tudo, a moda em alguns países como os EUA e a Alemanha ainda enfrenta obstáculos para se tornar, digamos, mais consciente e preocupada com as questoes ambientais. Isso porque é difícil e um tanto quanto arriscado mexer em um mercado que gera quase US$ 70 milhões ao ano.

Na Itália, onde tudo já está mais avançado, podemos ver a produção de jeans “ecologicamente corretos”, feitos com algodão orgânico. Outras grifes famosas internacionais vendidas na Itália, com Levi Strauss, Gap, Nike ou Marks & Spencer, também ajudam a construir um guarda roupa ecológico com peças especiais como ponchos feitos com fibra de soja, trajes elaborados com embalagens de ovos ou calças fabricadas a partir de algas. Alternativo, não?

Alguns estudiosos da moda afirmam que essa tendência ecológica já esteve em alta nos anos 80, mas fazia um estilo mais “pobre” ou “hippie”. Hoje em dia esse conceito cai por água abaixo e, a “ecomoda” ressurge como algo totalmente repaginado, moderno, cult, correto e fashion acima de tudo, com exibições nas maiores capitais da moda -Londres, Nova York e Milão.

Por que a necessidade de conscientizar a moda?
Parece brincadeira ou invenção maluca dos fashionistas, mas não é.
Pare e pense um pouco. Do que são feitas a maioria das nossas roupas? Sim, de algodão. Ele é o carro-chefe dos materiais usados na indústria têxtil. Porém, segundo a Organização Mundial da Saúde, atualmente existem no mundo entre 500 mil e dois milhões de vítimas de intoxicações agroquímicas, sendo que um terço delas é de cultivadores de algodão.
A moda ecológica, portanto, repudia os tecidos que levaram em sua produção algum tipo de material ou produto químico, o que evitaria, portanto, essas intoxicações agroquímicas.

Outro ponto em questão é sobre a reciclagem, vista pela “ecomoda” como proteção ao meio ambiente e também como promoção da economia nas grandes empresas e recuperação dos materiais nos países em desenvolvimento. Em Milão, por exemplo, o Instituto Europeu de Desenho reutiliza materiais e consegue inovar e criar saias de peças de aço, vestidos de fio elétrico ou de papel de embalagem, e calças de metal de bicicleta.

Aqui no Brasil...
Recentemente, a moda ecológica aqui no Brasil invadiu as passarelas desse São Paulo Fashion Week. No desfile do ilustre Alexandre Herchcovitch, o látex extraído por seringueiros na Amazônia foi o destaque. O material foi desenvolvido pela Universidade de Brasília com o apoio do Ibama. O projeto envolve a extração responsável do látex, ou seja, sem danos árvore e à natureza e estimulando o trabalho em família, preocupando-se também com a questão social. Fause Haten, Reinaldo Lourenço e Glória Coelho, também seguiram a linha “ecofashion” e em parcerias do bem também criaram tecidos ambientalmente responsáveis.

O que já existe por aí?
A moda ecológica, além de criativa, também é muito rápida. Se procurar direito, você já vai poder encontrar calçados e artigos de vestuário, bolsas, malas e mochilas e até bijuterias e acessórios confeccionados com “consciência”.

Vale a pena ressaltar que o preço das peças não costuma ser barato, visto que a linha de produção passa então a ser mais artesanal, cuidadosa e também mais estudada. As peças ecológicas, portanto, possuem um valor agregado, que é justamente a valorização do conceito ambiental.

É aquela história: o preço é alto, mas pelo menos você não está pagando o dono da agência de publicidade, nem o diretor de criação da marca, e muito menos o cachê da celebridade que aparece na campanha. Desse jeito dá até orgulho estar na moda, não?

O meio ambiente agradece seu gosto pelo fashion!

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